“Quem mais?”: Uma atividade para conhecer uns aos outros

Esta é uma maneira fácil de acolher as diferentes pessoas presentes na sala, para entrarmos em contato com seus humores e para ajudar a criar conexões diferentes. Nós gostamos desta atividade porque ela pode ser feita tanto em um grupo de cinco pessoas quanto em um de cem e é possível realizá-la em qualquer tipo de organização espacial – um círculo, um grande auditório, etc.

Duração: 5-15 minutos Tamanho do grupo: 10-50+ pessoas

Uma atividade para conhecer uns aos outros (às vezes chamada de “fique de pé / fique sentado”)

 

O exercício é simples: uma pessoa começa perguntando “Quem mais…?” e termina a pergunta dizendo algo verdadeiro sobre elas. Por exemplo: “Quem mais está se sentindo um pouco nervoso por causa da nossa próxima ação?”; “Quem mais é pai / avô?” ou “Quem mais está se sentindo mais comprometido do que nunca para lutar contra as mudanças climáticas?”.

Se essa afirmação for verdadeira para as outras pessoas, elas respondem – levantando as mãos, ficando de pé, fazendo um gesto com a mão ou fazendo barulho (escolha a opção que você achar que vai ser a mais energizante para o seu grupo e que permitirá que todos participem). Em seguida, a próxima pessoa faz a pergunta “Quem mais?” e os participantes continuam aprendendo uns sobre os outros e fazendo conexões. Dê ao grupo um tempo para ver quem na sala responde a cada pergunta.

Pode ser útil dar exemplos no início para ajudar a orientar o tipo de depoimento que você está procurando, caso você esteja tentando definir um tom específico. Por exemplo, se você quiser que as pessoas expressem como estão se sentindo sobre o treinamento, pode exemplificar com as perguntas: “Quem mais está animado por estar aqui?”; “Quem mais está sentindo falta da família e dos amigos que estão longe por ter vindo até aqui?”; “Quem mais está se sentindo ansioso por conhecer pessoas novas?”; etc.).

Como facilitador(a), você também pode usar isso como uma oportunidade para aprender mais sobre o grupo e o que está em suas mentes ou em seus corações no início do treinamento.

Exemplos da utilização desta ferramenta em um contexto de campanha, com um grupo de oitenta pessoas que estavam tentando proteger sua vizinhança e que não se conheciam:

Eu tinha abandonado a ideia de apresentações. O grupo era muito grande – uma roda desse tamanho seria fatal. Ao mesmo tempo, eu queria atender à necessidade das pessoas de saber quem estava na sala. Todo grupo começa com essa preocupação, e eu queria abordar isso de alguma forma para construir a sensação de segurança no recinto.

Eu rapidamente entrei na atividade: “Fique de pé se você não for uma pessoa matutina!”. Fiquei de pé, encorajando outros que estavam se levantando, muitos deles com copos de café na mão. “Ok, agora vamos sentar e é a vez da próxima pessoa dizer algo verdadeiro sobre ela.”

Atentamente, as pessoas pegaram o tema: “Fique de pé se você é uma pessoa matutina!”. A outra metade do grupo se levantou. “Fique de pé se você meio que queria estar na rua e no sol”. Com as primeiras risadas, a maioria do grupo se levantou, incluindo eu mesmo.

Eu não fiquei surpreso ao ver que o grupo logo entendeu a dinâmica. “Fique de pé se você mora na sua casa há mais de vinte anos”. Mais de um quarto da sala se levantou. Uma senhora idosa foi a próxima: “Fique de pé se sua família mora na mesma casa há mais de duas gerações”. Uma dúzia de pessoas se levantou. Um homem de meia-idade foi o seguinte: “Fique de pé se você passou todo o fim de ano aterrorizado com o desenvolvimento de planos que vão destruir nosso bairro”. Com suspiros profundos, a maioria das pessoas se levantou. Nos minutos seguintes, as pessoas se levantaram em solidariedade literal umas com as outras, percorrendo uma gama de emoções: medo, derrota, esperança, nervosismo, excitação e raiva.

Quando se sentaram, uma pessoa brincou: “Então não estou sozinho!”. Enquanto o grupo ria, eu via ombros tensos relaxando. Estávamos construindo alguma segurança, alguma coesão de grupo em que as pessoas poderiam correr pequenos riscos de vulnerabilidade e descobrir que elas não estavam sozinhas. Seria preciso construir ainda mais segurança no grupo para abordar o conteúdo delicado que precisávamos trabalhar.

(Como Criar Segurança Em Um Grupo)

Extraído de Strategy and Soul, de Daniel Hunter (www.StrategyAndSoul.org)